Como foi sua experiência em um grupo de oração da RCC

Pra ser sincero, admiro muito a renovação carismática mas confesso ter uma certa dificuldade em participar de suas atividades.

Participei uma única vez de um grupo de oração carismática e não me senti nem um pouco a vontade. Praticamente todos os presentes repousaram no espírito e todos também oravam em línguas. Me senti um estranho ao meio dos meus próprios irmãos cristãos, e por isso, não senti vontade de voltar.
Como eu disse, admiro muito os carismáticos e a grandiosidade da fé que todos carregam, mas senti falta de uma explicação e de uma acolhida com mais atenção, já que eu nunca tinha participado. Por isso foi bem estranho pra mim.

Quem quiser prolongar sobre o assunto.. tenho um enorme interesse em entender mais sobre a RCC.

saudações!

concordo com o Fhelps na questão de sermos orientados
quando vamos a um grupo da renovação carismática!

pensando naqueles que vão pela primeira vez,
realmente é meio tenso e dependendo assustador para aqueles que
não entendem as manifestações do Espírito Santo!

mas sou muito fã de grupos de orações!
pra quem tiver oportunidade, não deixe passar!
valew!

Podemos abrir um tópico sobre a RCC - e eu vou "tumultuar" - Mas como aqui é contar a experiência, fiquei vários anos no grupo da São Camilo de Lelis, 303/4 sul - Brasilia DF e conseguíamos esvaziar os bares da frente da igreja.... em plena segunda-feira. A minha foi valiosa e bem diferente. Creio que já "repousei" pois quando aconteceu eu estava sozinho numa capela e ninguém me esmurrava a testa com um crucifixo. Já pude presenciar uma oração em línguas, como descrita no evangelho, onde uma pessoa de um país X que estava de passagem na mesma embaixada X disse algo em língua Y sem ter o menor conhecimento à outra pessoa do local, que entendeu tudo, se emocionou e traduziu (...) vários testemunharam o fato.

Paz e Bem!!
Sei que parece estranho, muitas vezes, o primeiro contato com um grupo da RCC. Pra mim também era bastante complexo...apesar do conhecimento prévio e de ter recebido informações antes de iniciar o grupo acerca das manifestações do Espírito Santo. Com o tempo fui me abrindo à ação do Espírito Santo de forma que passei a me sentir muitíssimo bem em ambientes como os de um grupo de oração. A verdade é que quanto mais nos abandonamos nas mãos do Espírito, mais ele fará em nós! Também concordo que existem vezes em que falta discernimento aos que participam da RCC, mas não podemos por causa disso deixar de lado essas pessoas e sim devemos ajudá-las na caminhada de conversão diária que ocorre na vida de todo o Cristão...sendo na nossa também!!
É isso...
Fiquem com Deus!!

O que mais me intriga é perceber tantos testemunhos maravilhosos sobre a RCC e ver que eu não fui capaz de me entregar no movimento.
De qualquer forma, eu fui muito ausente também, fui uma vez e não gostei e acabei deixando a idéia de lado.
Vou ver se consigo participar de algumas reuniões do vinho novo... quem sabe futuramente eu possa estar postando um comentário de "ótimas experiências".
hehehehhe

abraços

Fhelps, No Vinho Novo procuramos ter um carinho especial com as pessoas que estão participando pela primeira vez, acolhendo e orientando sobre os Dons do Espírito, infelizmente falhamos, e deixamos passar alguém desapercebido. Em nome dos servos gostaria de te pedir perdão se não soubemos te acolher da forma que você merecia.
Quando falamos do exercício dos carismas, é sempre um ponto delicado para quem está tendo seu primeiro contato, e já ouvi muitos relatos de pessoas ou que se sentiram deslocados como você ou pior que se assustaram com as pessoas repousando, a oração em línguas, etc.
O que te peço é que dentro de suas possibilidades, já que você demonstrou interesse, que você participe novamente, e que faça um retiro, por exemplo um seminário de vida no Espírito, que pode ser profundamente esclarecedor e te levar a uma experiência unica.

Não sou nenhum expert no assunto, mas tenho lá minhas experiências e seria um grande prazer tirar suas dúvidas.

Abração, que Deus te abençoe.

Ps.: Linda iniciativa de expor suas dúvidas, muitas pessoas por um motivo ou outro se fecham, deixam de crescer e de levar as pessoas a sua volta crescerem juntas, como foi o caso, que as pessoas que tem esses anseios e lerem este post com a graça de Deus, sairam um pouquinho mais esclarecidas.

Saudações André...
agradeço pela bela explicação e atenção. Tenha certeza que isso me faz sentir muito melhor e me esforçarei sim, para participar novamente.
Fiquei muito satisfeito com o resultado que gerou esse post, pois o criei realmente para conseguir tirar essas dúvidas que se tatuaram em mim. Tenha certeza de que seus esclarecimentos foram de grande importância.
Agora... só me resta participar pra perceber, na prática, o que foi dito por todos aqui.

Achei ótima a idéia do retiro, tem algum que está próximo de acontecer????
Abração

Olá pessoal !!!

A experiência se adquire com a vivência.

É certo que nenhuma experiência é igual à outra, assim como a leitura. A renovação é justamente um grupo que procura proporcionar uma intimidade com Deus através do carisma e dons do Espírito Santo. Sabemos que cada um tem sua maneira de se achegar a Deus, e a minha foi especial, justamente porque não acreditava em certas coisas. Foi buscando conhecimento através de sacerdotes que passei a conhecer melhor o grupo do qual tenho apreço. Acredito que todos devem agir sem exageros, e com a certeza de que Jesus é o caminho, como chegar depende de cada um, a certeza já temos, a gratificação da chegada que é o encontro com o Pai.



ABRAÇOS A TODOS!!!




PAZ E BEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fhelps, agora no primeiro semestre tem poucos seminários e agora em março já teve um na Nossa Senhora do Lago, mas no segundo final de semana de abril acontecerá o congresso distrital da RCC, não é um retiro mas é muito bom.

Com relação as experiências místicas/carismáticas, o que observo é que as pessoas quando não repousam, não se sentem tocadas, saem um pouco tristes e desapontadas, perguntando por que o Espírito age em tanta gente e não em mim, isso é perfeitamente normal, e acontece com servos antigos, muito mais com quem está começando.

A principio, é bem comum que tenhamos um pouco de medo/receio em se entregar, não sabemos certo como agir, se o que estamos sentido é psicológico ou se é realmente ação do Espírito. O que eu posso dizer é: Não se preocupe, isso acontece praticamente com todo mundo. Raríssimas são as pessoa que repousam na primeira vez, eu mesmo levei quase um ano participando 2 a 3 vezes por semana de grupos quando finalmente aconteceu, e me conhecendo, da forma como costumo olhar as coisa com o olhar da ciência e tento racionalizar tudo o que me acontece, eu achei que talvez nunca fosse conseguir.

O Padre Robert De Grandis, se não o principal, um dos principais estudiosos sobre repouso no Espírito fala sobre isso, que esses tipos de pessoas, assim como eu, realmente tende a demorar mais a vivenciar essas experiências, mas quando elas vêm, mudam sua vida.

Santa Tereza D'Avila, passou 14 anos de aridez espiritual, sem sentir absolutamente nada durante a eucarístia ou orações, com a orientação de seu confissor e diretor espiritual São João da Cruz, perseverou e deixou o ensinamento para nós, que nos momentos de tribulação devemos intensificar nossas orações. Ao final de sua caminhada aqui na Terra ficou famosa pela reforma que realizou no Carmelo e por suas obras místicas.

Fhelps, só o fato de você estar se colocando aberto para conversar sobre o assunto, já é um grande passo, espero que mais pessoas tenham esta iniciativa.

Abração e que Deus te abençoe.

Fhillipe Fhelps escreveu:Saudações André...
agradeço pela bela explicação e atenção. Tenha certeza que isso me faz sentir muito melhor e me esforçarei sim, para participar novamente.
(...)
Agora... só me resta participar pra perceber, na prática, o que foi dito por todos aqui.(...)
Abração

Irmãozão, não se abale. Muito bem dito aí em cima, a vivência e convivência muda muitas coisas. Apesar de que deixo aqui uma ressalva, assim como é Bíblico que o Espírito Santo vai aonde ele quer, não quer dizer obrigatoriamente como 90% dos carismáticos que eu conheço você vá amar um grupo da RCC, ou que vá receber obrigatoriamente os tão falados dons do Espírito (...). Se você chegar na renovação com uma mente do tipo "todos meus amigos vão e sentem coisas, tenho que sentir" não funciona. Eu acho válido demais você participar, mas não se obrigue. Estou conseguindo ser claro? Os grandes e maiores doutores da Igreja Católica nunca tiveram qualquer manifestação do Espírito, mesmo eles sabendo que existiam e por vezes até escrevendo o que presenciaram em alguma situação. Sorte nossa ter um território tão vasto à explorar e se aproximar do Senhor. Se puder experimentar, se deixar experimentar, seja sempre muito bem-vindo! Uma coisa é certa, é só lucro, nunca se perde nisso.

Me acalmo com as palavras de vocês. Como já disse anteriormente, me incomodava o fato de não ter conseguido uma convivência forte com o Espírito Santo, mas pelo que vejo, acaba sendo algo comum, sutil e íntimo de cada um.
Realmente tenho vontade de participar, e isso já é algo que me agrada, pois tudo que é por vontade própria se torna satisfatório... o dia que se tornar obrigação é porque não terá mais sentido pra mim.
Valeu pelos testemunhos galera...

Um abração

Queria deixar uma colaboração da parte de quem não faz parte da RCC, hehehe...

Frequentei um grupo de oração (Vinho Novo) por pouco mais de um ano. A RCC é uma grande experiência da Igreja e fez parte da minha vida por um tempo. Orei em línguas, repousei, cheguei a fazer uma profecia muito forte (pelo menos foi o que senti, não me lembro do que disse), quando quase entrei numa espécie de transe.

Na minha opinião, o maior fruto da Renovação é trazer para si a experiência mística. Mesmo nós, católicos, temos muitos estereótipos em relação à Igreja, e a RCC ajuda a quebrar alguns deles. Abrir-se à ação do Espírito Santo é necessário e muito bom!

Como tudo, há alguns pontos negativos. Percebi que muita gente na RCC não se age como se os dons do Espírito Santo fossem realmente dons, e não atos que você faz como quer. Várias vezes vi em grupos de oração uma pessoa convidar para orar em línguas (como se fosse ela a convidar, e não o Espírito) e todo mundo passar a orar em línguas ao mesmo tempo (idem). Já vi o mesmo convite acontecer com repouso e profecias. Nessas ocasiões, não era o caso de abrir o momento dos dons para o grupo: eram praticamente intimações, com hora pré-definida. Acontece direto em missas de cura e libertação, que, diga-se de passagem, são abusos litúrgicos já apontados pelo Santo Padre. Nessas ocasiões, é comum ver uma multidão "orando em línguas" como se dissessem "amém", e não como se desfrutassem de um dom.

O maior dom da RCC é também sua maior dificuldade. É muito difícil distinguir o dom verdadeiro da auto-sugestão ou sugestão do grupo. Às vezes você faz algo só porque o que os outros estão fazendo, e isso acontece mesmo que o grupo não tenha a intenção de "obrigar" ninguém. Esse foi um dos motivos pelos quais não me identifiquei com esse carisma -- e isso é normal, a Igreja tem carismas para todos. Para mim, quem se identifica com a RCC precisa sempre ter isso em mente para não cair numa experiência enganadora para si própria, quando o que ela pensa ser dons do Espírito são, na verdade, gestos vazios e sentimentalismos.

O que o pessoal disse aqui é ótimo. É bom que cada um tenha seu momento. Deus nos ama profundamente e sabe chegar perto de nós como o melhor amigo da nossa vida, mais íntimo e próximo do que qualquer outro.

Abração!

Muito pertinente seus comentários Pedrão...
Não sei se você leu o primeiro post que eu coloquei relatando sobre meu incômodo em grupos da RCC. Não quero ser repetitivo, mas o que me intrigou na reunião que participei foi exatamente o que você citou acima.
Como eu disse, eu nunca tive práticas íntimas em oração, então nunca achei comum a exteriozação desses Dons do espírito... e me senti mal quando fui convidado/intimidado a repousar no espírito em uma reunião que participei.
Presenciei várias pessoas repousando no Espírito e o condutor da adoração veio até mim e começou a orar na minha frente, empurrando minha cabeça, para que eu repousasse também. E isso pra mim, foi trágico. Foi constrangedor pra mim e para o condutor, porque não tive coragem, nem vontade de fazer uma cena falsa no meio de uma capela.

Como muitos colegas já disseram aqui, a obrigação gera insatisfação e desconforto, e sei que o intuito da RCC não é esse.
Mas de qualquer forma, não quero utilizar dessa minha única experiência (que nesse caso foi muito ruim), para julgar um movimento que acredito ser um dos muitos importantes que a igreja possui.
Por isso nasceu a vontade de participar mais uma vez... espero ter um bom testemunho sobre isso no futuro.
Mas sua frase resume tudo: O maior dom da RCC é também sua maior dificuldade.

Um abraço a todos

Fhelpes, o que eu posso dizer é que, desde de que cheguei em 11/2009, os servos do VN têm passado por formações e nelas debatemos muito sobre esse tipo de fato, de quem está orando por vc empurrar, a Eluiza, atual coordenadora do VN, é bem rigida sobre isso, e pede para que nós servos evitemos até mesmo encostar a mão na pessoa. Particularmente já tive esse mesmo problema em outros lugares, entendo totalmente o teu desconforto, e me resta mais uma vez é pedir perdão, pois sei que muitas pessoas, principalmente aqueles servos que não participam de formações e não estudam sobre o assunto, as vezes pessoas até de renome, tem esse tipo de atitude.

Quando quiser, venha nos visitar, procuramos sempre aprender com nossos erros, e esse tipo de feedback é extremamente importante para nós.

Pesso a todos que passaram por situações semelhantes, que tenham a mesma atitude de nos posicionar, para que possamos nos corrigir.

Abração e que Deus te abençoe cada dia mais.

pedrogontijo escreveu:Queria deixar uma colaboração da parte de quem não faz parte da RCC, hehehe...
...
Como tudo, há alguns pontos negativos. Percebi que muita gente na RCC não se age como se os dons do Espírito Santo fossem realmente dons, e não atos que você faz como quer. Várias vezes vi em grupos de oração uma pessoa convidar para orar em línguas (como se fosse ela a convidar, e não o Espírito) e todo mundo passar a orar em línguas ao mesmo tempo (idem). Já vi o mesmo convite acontecer com repouso e profecias. Nessas ocasiões, não era o caso de abrir o momento dos dons para o grupo: eram praticamente intimações, com hora pré-definida. Acontece direto em missas de cura e libertação, que, diga-se de passagem, são abusos litúrgicos já apontados pelo Santo Padre. Nessas ocasiões, é comum ver uma multidão "orando em línguas" como se dissessem "amém", e não como se desfrutassem de um dom.

Pedrão, e vai além. Me entristeci e retirei meus votos de confiança quando vi cantores católicos que acompanhava fazer isso para grande público. E pior dizerem coisas do tipo "se vc não conseguir, comece falando jesus, jesus, até enrolar a língua e ir pro xa la la la la la la..." Me retirei o evento no mesmo instante. Curiosamente essas pessoas também possuem grupos de oração ou algum cargo alto. Daí "que bom se vc participou da missa, mas venha agora ser curado...".

novamente: grandes doutores da Igreja nunca se quer tiveram qualquer manifestação do Espírito, respeitavam ao extremo quando acontecia. "Era tão raro que ficava fácil e evidente reconhecer" (Vou me lembrar do nome do livro de S. Agostinho). Meu sonho é que realmente, do fundo do meu coração um dia a RCC acabe de vez. Calma, é fácil de entender: Se é realmente uma coisa de Deus de nossa Igreja por que então isso simplesmente não passa a fazer parte da Igreja como um todo ao invés de pertencer a pequenos grupos? Aí a RCC acaba e tudo vira somente Igreja, como eu acredito que deva ser.

Ainda assim não nego minha experiência na RCC e repito isso. Foi excelente!!

Bom Fhilipe, enfim achei alguém com as mesmas dúvidas e praticamente na mesma situação que eu.
Eu participei uma única vez de um Grupo de Oração da RCC e depois disso eu fiz um retiro. No Grupo de Oração eu fui achando que seria algo mais tranquilo, mais comum. Ao ver várias pessoas repousando no espírito, orando em línguas etc. eu fiquei, realmente, um pouco traumatizada. Porém, eu achei que seria apenas a primeira vez e já fui logo resolvendo participar de um retiro. No retiro eu não consegui melhorar muita coisa. Fiquei me sentindo um "patinho feio" e me questionando sobre vários acontecimentos.
Quanto à sua fala "O que mais me intriga é perceber tantos testemunhos maravilhosos sobre a RCC e ver que eu não fui capaz de me entregar no movimento. ", eu também penso assim. Vejo tantas coisas boas lá e me senti mal por não ter conseguido me adentrar e interagir mais.
Ainda não resolvi voltar. Tem dois meses que tive a última experiência, que foi no retiro. Espero que um dia eu me sinta realmente preparada para participar de corpo e alma dos movimentos. Caso contrário, continuo sem ir.

Abraços!