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Dons carismáticos.

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Mensagem por Renan Sex 1 Abr - 18:07

Você já ouviu falar dos dons carismáticos?

Provavelmente sim. É muito comum os membros da RCC falarem dom de línguas, por exemplo. Mas e aqueles sete dons do Espírito Santo que aprendemos na Crisma? O dom de línguas, profecia etc são outros dons do Espírito Santo?

Vou esperar algumas réplicas para ir comentando aos poucos.

Abraços...
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Mensagem por Fhillipe Fhelps Sáb 2 Abr - 11:42

Grande Renan... esse tópico muito me interessa, principalmente, pela falta de conhecimento que tenho no assunto.

Pois então... eu não sei se estou certo (e desculpem se estiver errado), mas que eu me lembre os sete dons do Espírito Santo são:
- Sabedoria
- Inteligência
- Ciência
- Fortaleza
- Piedade
- Conselho
- Temor a Deus
São estes os dons que sempre ouvi falar e que sempre acreditei.

Realmente já me perguntei o que seriam os outros Dons citadas na RCC. Já ouvi falar em "carismas do Espírito Santo" e não em "dons do Espírito Santo" (o que não esclarece nada pra mim - rsrs). Mas o que mais gera incompreensão na minha cabeça é: Como que esses carismas/dons acontecem ao mesmo tempo com tanto com tantas pessoas???? Será isso um acontecimento milagroso ou é uma forma de oração moderna da igreja????

Não sei muito como expressar minhas dúvidas sobre o assunto, mas no decorrer do tópico desenvolveremos mais.

Abraços
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Mensagem por Lu Braga Sáb 2 Abr - 12:28

pra mim os dons carismáticos são outros, como dom de línguas, dom da fé, dom da profecia.... acho que é isso =D
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Mensagem por André Luiz Botelho Seg 4 Abr - 9:14

Recomendo a todos os interessados a leitura da série de livros do Marcio Mendes que falam sobre os dons do Espírito, tenho alguns e posso emprestar caso haja interesse. (devolvam depois por favor).
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Mensagem por Chocanjo Ter 5 Abr - 15:23

Esse tópico é muito interessante, tive que pedir ajuda ao professor Felipe Aquino da Comunidade Canção Nova e ele me respondeu o seguinte:

Quando nós exercemos os dons carismáticos não quer dizer que já somos
santos, porque Deus pode usar quem Ele quiser da maneira que quiser,
mas é preciso dizer que quanto mais santo a pessoa for, mais fácil é
para Deus usar essa pessoa, por isso os dons carismáticos não estão
separados dos dons de santificação, e eu até diria que existe uma
grande interface entre eles, quanto mais a pessoa vive os dons de
santificação mais aptidão ela tem para viver os dons carismáticos
.

Na dimensão interior estão os Dons de Santificação.

Os Dons Carismaticos são:
- Dom da Fé
- Dom da interpretação
- Dom da Profecia
- Dom da Cura
- Dom de línguas
- Dom de Milagres
- Dom do Discernimento
- Palavra de Ciência
- Palavra de Sabedoria

Espero que ajude e nos fortifique na fé, abraço a todos;



PAZ E BEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Mensagem por Ivia Nara Ter 5 Abr - 15:57

Dúvidas e mais Dúvidas

Bom, pra mim creio que o Dom de Línguas, Dom da profecia, Dom do Discernimento Dom dos Milagres, Dom das Curas,Caridade,Alegria; Paz, Paciência,Bondade, Benignidade, Brandura, Modéstia, Continência Castidade, também são Dons do Espírito Santo. O catecismo diz que são 7 dons, mas São Paulo nas suas epístolas cita várias, senão me engano 18, que denomina de Frutos do Espírito Santo.
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Mensagem por andreafbc Qua 6 Abr - 17:47

Não sou a pessoa com mais entendida desse assunto, rsrs!
Tudo o que sei é que, no Batismo, recebemos os 7 Dons do Espírito Santo (aqueles que aprendemos na Catequese, Crisma, etc).

Já os Dons Carismáticos (Línguas, Profecia, etc) são distribuidos de maneira distinta, segundo a vontade de Deus, pois como está escrito em I Coríntios 12: "A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência(...)"

E ainda: "Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz."

Ainda sobre os Dons Carismáticos, tem muitas pessoas ("católicos") que dizem que o Dom de Línguas não existe, que é uma invenção de "pobres coitados que nem conhecem os rudimentos da Fé" (frase de um site que não merece meu respeito, prefiro nem citar o nome).
E ainda, essas pessoas se utilizam de passagem isoladas da Bíblia para afirmar que, em Pentecostes, quandos os discípulos falavam em "várias línguas", eles na verdade estavam falando em várias línguas humanas, e não o dom de "línguas" (ou, como chamamos, Língua dos Anjos), pois que na passagem está escrito:
"(...)reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua."
E depois: "(...) Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?"

Quanto à Pentecostes, as pessoas conferem diferentes interpretações a essa passagem, mas sendo ou não sendo o "dom de línguas" que estivesse ocorrendo, é certo que o que aconteceu ali foi um fenômeno extraordinário, e não humano, pois (vamos supor...) mesmo que os discípulos não estivessem falando em "dom de línguas" nesse momento, eles eram galileus, e se TODOS os ouviam em sua línguas maternas! É quase como uma tradução simultânea de tudo! Muito de Deus isso, não é, gente? Rsrs! Que massa!

No entanto, estes mesmo "católicos" não chegam a citar outras passagens importantes de I Coríntios. Essas outras passagens estão em sentido completamente diferente da passagem de Pentecostes, pois falam de uma língua que, claramente, não é língua humana, por exemplo:

"(...)Aquele que fala em línguas não fala aos homens,
senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do
Espírito
."

"(...)Assim também vós: se vossa língua só profere
palavras ininteligíveis, como se compreenderá o que dizeis? Sereis como quem
fala ao vento. Há no mundo grande quantidade de línguas e todas são
compreensíveis
. Porém, se desconhecer o sentido das palavras, serei um
estrangeiro para quem me fala e ele será também um estrangeiro para mim."

O trecho acima é muito interessante, pois mostra que existe no mundo grande quantidade de línguas compreensíveis (línguas humanas), ou seja, esta língua da qual ele falava não era uma língua humana, mas uma língua cujo sentido das palavras se desconhece (daí, entra o Dom de Línguas, tão propagado na RCC).

Em Cristo,
Andrea
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Mensagem por André Luiz Botelho Qua 6 Abr - 18:18

Ehê tá dando gosto!!!


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Mensagem por Fhillipe Fhelps Qua 6 Abr - 23:58

Grande Andréa. Sempre admiro muito seus posts.
Mas de certa forma, acabei percebendo alguma contradição no que foi dito! (desculpe se estiver errado, talvez eu não tenha entendido a mensagem direito).

andréafbc escreveu:Quanto à Pentecostes, as pessoas conferem diferentes interpretações a essa passagem, mas sendo ou não sendo o "dom de línguas" que estivesse ocorrendo, é certo que o que aconteceu ali foi um fenômeno extraordinário, e não humano, pois (vamos supor...) mesmo que os discípulos não estivessem falando em "dom de línguas" nesse momento, eles eram galileus, e se TODOS os ouviam em sua línguas maternas! É quase como uma tradução simultânea de tudo! Muito de Deus isso, não é, gente? Rsrs! Que massa!

No comentário acima você fala sobre uma possível tradução simultânea, ou seja, tradução significa compreensão. Então, por mais que os discípulos falassem em línguas diferentes (uma língua não-humana), de certa forma eles compreendiam o que estava sendo dito. Daí vem a situação milagrosa. Até aqui, tudo compreendido.

Mas logo abaixo você cita:
andrefbc escreveu:Aquele que fala em línguas não fala aos homens,
senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do
Espírito."
Aí surge a contradição. Se quem reza em línguas não fala aos homens e sim a Deus, porque algumas pessoas dizem entender o que está sendo dito?????? Fato que já foi testemunhado por muitos da RCC.

O que mais me intriga é: acredito mesmo que exista esse Dom do Espírito Santo de orar em línguas, mas não acredito ser algo tão popular, acredito que é algo que acontece com pessoas muito vocacionadas. Não entra na minha cabeça presenciar um salão cheio de pessoas (como é na canção nova) orando em línguas, todos ao mesmo tempo.
Será que todos realmente oram em línguas e possuem esse DOM?? Ou estão sendo levados pelo momento, e as vezes, até enganando a si mesmo.

Em resumo... acreditar, eu até acredito! Mas não creio totalmente quando milhões de pessoas utilizam desse dom todo tempo, parecem que elas escolhem a hora de começar e a hora de parar com a oração em línguas, e ao meu ver, não é assim que o Espírito Santo age, não somos nós que definimos isso. Parece até uma banalização de algo que é muito divino e sério!

OBS: Desculpem se falei besteira, não tenho muito conhecimento sobre o assunto, mas só quis expor o que penso (por mais que seja radical).
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Mensagem por André Luiz Botelho Qui 7 Abr - 8:59

Fica tranquilo Fhelps, vc tem falado lindamente e suas dúvidas refletem a da maioria das pessoas. No caso de Pentecostes o que ocorreu foi glossolalia, onde como o autor relata, os discípulos falavam em sua língua e eram ouvidos na língua materna de seus interlocutores.
Em alguns tópico vejo pessoas questionarem sobre os prodígios acontecerem ou não nos dias atuais, bem, recente em um retiro do Ministério Jovem, aconteceu de 2 jovens sairem pregrando, um em Espanhol e outro em Francês, detalhe é que nenhum nem o outros conheciam estás línguas. (Fato ocorrido diante de muitas pessoas).

O Dom de línguas é o primeiro dos dons, é como se fosse uma porta de entrada, é o mais simples de todos. Assim como relata os estudos sobre o assunto é para todos.

Um sério problema que temos, como comentei no tópico RCC contigo, é que temos a tendência de racionalizar todas as experiências de nossa vida, quando se trata da ação do Espírito isso é bobagem, a inteligênia humana é extremamente limitada e incapaz de entender os desígnios do Pai.

Como o diacono Nelsinho Correa fala na canção, Deus não é para ser entendido, Deus é para ser adorado.

Apacenta o teu coração, no momento certo a graça virá, o primeiro passo vc já deu. Ainda que não tenhamos conversado no domingo (peço perdão por não ter te dado atenção depois do VN), eu percebi a sua entrega e o desejo que Deus agisse em ti. Vi que chegou quietinho, cheio de receios e como acontece com todos, aos poucos foi se soltando, e vi vc se prostrando aos pés de Jesus. O caminho é esse, o resto vem com o tempo. "Buscai primeiro o reino de Deus e tudo mais vos será acrescentado."

Como debatemos em entro tópico sobre INVOCAÇÃO, o próprio Cristo garante que todo aquele que invocar por ele jamais ficará desamparado.

Lembrando, a fé é um dos maiores dons, talvez o maior, e esse busca, reflete a fé e o desejo que vc tem.

Fico feliz e conto com tua perseverança.

Só lembrando, esse final de semana no Ginásio Nilson Nelson, acontecerá o congresso distrital da RCC, se puder participe. Eu só poderei ir no domingo, mas se quiser, conte comigo.

Ps.: Domingo tem Ironi Spuldaro (o omi é du poder)
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Mensagem por Kelsen Sáb 9 Abr - 23:28

MInha vez Wink

Já adianto que levei uma semana pra digerir tudo, mas faz sentido. Respirem fundo e calma pra ler.
Aproveitando dos estudos do Professor Alessandro Lima que fundou o apostolado católico Veritatis Splendor (http://www.veritatis.com.br), abusando da sua boa vontade das pouquíssimas vezes que fui tirar dúvidas com ele; no seu livro O DOM DAS LINGUAS (comprem ele!!!! é eletrônico!), exponho:

Os dons do Espírito Santo são disposições permanentes que tornam o homem dócil para seguir as inspirações divinas. [...] Os frutos do Espírito Santo são perfeições plasmadas em nós como primícias da glória eterna.” (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica n. 389-390; CIC 1832).

Uma diferença clara já se dá em Is 11, 1-3 (e por isso a Igreja ensina que são sete os dons do Espírito Santo: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.) e em 1Cor 12,1-11 ("A respeito dos dons espirituais, irmãos, não quero que vivais na ignorância. Sabeis que, quando éreis pagãos, vos deixáveis levar, conforme vossas tendências, aos ídolos mudos. Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode
dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a
outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz" ).

De fato, estão falando de coisas diferentes. A Igreja ensina que os dons ou graças do Espírito Santo se dividem em; graça santificante ou habitual, graça atual, graça sacramental e graça especial ou carisma.

Mas então seriam línguas estranhas ou estrangeiras? Segundo pesquisa do professor Alessandro Lima (que ele mesmo não pretende esgotar o assunto, mas apenas dar mais uma luz à respeito), em AT 19,6 expressão “línguas estranhas” é estranha ao texto original que traz tão somente “línguas”.

"(1) O texto não qualifica as línguas faladas, isto é, se eram “estranhas” ou “estrangeiras”. Seguem essa linha as seguintes versões bíblicas: Nova Vulgata (NV), Bíblia de Jerusalém (BJ), Bíblia do Peregrino (BP), Bíblia Sagrada da CNBB (BSC), Bíblia Sagrada Vozes (BSV), Bíblia Sagrada de Aparecida (BSA), Bíblia Sagrada Edição Pastoral (BEP), Bíblia Sagrada Palavra Viva (BPV), Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB), Almeida Revista e Corrigida (ARC), Almeida Corrigida e Fiel (ACF), Almeida Edição Contemporânea (AEC), Nova Versão Internacional (NIV); e Tradução do Novo Mundo (TNM)" (citados por A.L >>Alessandro Lima)

"(2) O texto que qualifica as línguas como “diversas”, no sentido de vários idiomas humanos. Seguem esta linha a Vulgata de Matos Soares (VMS), Vulgata de Antonio Pereira de Figueiredo (VPF), Vulgata de Dom Vicente (VDV), Bíblia Mensagem de Deus (BMD)". (A.L.)

"(3) O texto qualifica as línguas faladas como “estranhas”, no sentido de não conhecida dos homens. Segue essa linha as versões Bíblia Sagrada Ave-Maria (BAM), Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH), Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH). (A.L.)

Sendo as versões apontadas no número 2 consideradas pelos especialistas as melhores. Logo, segundo os melhores ermeneutas bíblicos, o texto sagrado estaria se referindo a línguas diversas e não línguas desconhecidas dos homens ou de outro mundo

(A.L. explica aqui que...)

"Falando em "línguas estranhas", é bom recordar que o termo "estranho" pode ser perfeitamente traduzido como "estrangeiro", como demonstram os dicionários de língua portuguesa (Aurélio, Ruth Rocha, Melhoramentos, Silveira Bueno). O mesmo aponta dicionários de idiomas estrangeiros: a) Espanhol: extraño – extranjero; b) Italiano: estraneo – straniero"

O testemunho de AT 2,1-12 é claro: eles falavam na línguas dos estrangeiros!!

Outro detalhe que há de se notar é que quando o Apóstolo enumera os dons carismáticos, refere-se ao dom de línguas como “variedade de línguas” (cf. 1Cor 12,10), isto é, no sentido das várias línguas existentes. (A.L) com ligação direta ao escrito em AT 2,4

Santo Ireneu (séc. II) um dos mais antigos Pais da Igreja sobre o dom de línguas assim ensinou:

"É este Espírito que Davi pediu para o gênero humano, ao dizer:
'Confirma-me pelo teu Espírito que dirige' (cf. Sl 51,14). E ainda este
Espírito que Lucas nos diz ter descido, depois da ascensão do
Senhor, sobre os discípulos no dia de Pentecostes, com o poder de
falar em todas as línguas dos povos
e abrir-lhes um novo
testamento. Eis por que, na harmonia de todas as línguas,
cantavam hinos a Deus, enquanto o Espírito Santo reunia na
unidade as raças diferentes
e oferecia ao Pai as primícias de
todas as nações. Foi por essa razão que o Senhor prometera enviar o
Paráclito que nos faria dignos de Deus. Assim como a farinha seca
não pode, sem água, tornar-se uma só massa, nem um só pão,
também nós não poderíamos tornar um só em Cristo, sem a água
que vem do céu.
"
(Contra as Heresias 3,17,2)

Por isso o Apóstolo [Paulo] diz: Falamos de sabedoria entre os perfeitos, chamando perfeitos os que receberam o Espírito de Deus e que falam todas as línguas graças a este Espírito, como ele fazia e como ainda ouvimos muitos irmãos na Igreja, que possuem o carisma profético e que, pelo Espírito, falam em todas as línguas, revelam as coisas escondidas dos homens para sua utilidade e expõem os mistérios de Deus” (Ibdem 5, 6, 1)

Santo Agostinho (séc. IV-V):
Depois de ter passado quarenta dias com seus discípulos, subiu ao céu o Senhor ressuscitado. E no qüinquagésimo dia, que hoje celebramos, enviou o Espírito Santo, como está escrito: De repente, veio do céu um ruído semelhante ao soprar de impetuoso vendaval. E apareceram umas como línguas de fogo, que se distribuíram e foram pousar sobre cada um deles. E começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os impelia a falarem (At 2,2.3.4).

Aquele vento purificava os corações da palha da carne. Aquele fogo consumia o fogo da velha concupiscência. Aquelas línguas faladas pelos que estavam repletos do Espírito Santo prefiguravam a futura Igreja, que haveria de estar entre as línguas de todos os povos. De fato, após o dilúvio, a impia soberba dos homens construiu uma torre elevada contra o Senhor, e o gênero humano mereceu ser dividido em línguas diversas, começando cada povo a falar sua língua para não ser entendido pelos outros povos. Agora, ao invés, a humilde piedade dos fiéis recolheu a diversidade destas línguas na unidade da Igreja, onde a caridade reuniu aquilo que a discórdia tinha espalhado. E os membros dispersos do corpo humano, como membros de um único corpo, voltam a ser unificados na única cabeça que é Cristo, fundidos na unidade de seu santo corpo pelo fogo do amor.
[...] Vós, porém, irmãos, membros do corpo de Cristo, germes de
unidade, filhos da paz, celebrai este dia alegres, celebrai-o seguros.
Porque em vós se realiza aquilo que era prefigurado nos dias em que
veio o Espírito Santo. Porque, como outrora quem recebia o Espírito
Santo, embora fosse um homem só, falava todas as línguas,
assim agora fala todas as línguas, através de todos os povos, a
própria unidade. Estabelecidos nela, possuis o Espírito Santo, os que
não estais separados por nenhum cisma da Igreja de Cristo que
fala todas as línguas
.” (Santo Agostinho, Sermão 271. Disponível em http://www.osb.org.br/lectio14.htm)

Quando desceu o Espírito Santo sobre os discípulos, estes falaram
as línguas de todos e por todos foram entendidos
. As línguas
divididas se uniram em uma. Logo, se todavia ensinam e são gentis,
é conveniente ter diversas línguas. Dizem ter uma língua? Vejam a
Igreja, porque em meio da diversidade de línguas de carne, existe
uma só na fé do coração
.” ( Ennarrationes in Psalmos, 2,54,BAC, Madrid, 1965, p.344. Texto retirado do Livro Carismas – Coleção Paulo Apóstolo vol.3 – RCC. Pg 87)

O Concílio Ecumênico do Vaticano II e mesmo depois dele, reafirmou a doutrina tradicional sobre o dom de línguas.

O Compêndio de Teologia Ascética e Mística de Adolph Tanquerey afirma que:
1515. [...] Cool O dom das línguas, que, em São Paulo, é o dom de orar em língua estranha com certo sentimento de exaltação; segundo os teólogos é o dom de falar várias línguas” (Ibdem pg. 785)

Muita da falação que pude ouvir em minha caminhada na RCC, para Santo Ireneu, eram os espíritos que faziam as pessoas dizerem coisas “sem sentido e sem hesitar” eram “terrenos e fracos, temerários e irreverentes [...] enviados por Satanás para seduzir e arruinar”.

(A.L) Eusébio, Bispo de Cesaréia na Palestina e historiador da Igreja, em sua obra História Eclesiástica (séc. IV) nos traz relatos de outro caso semelhante. No livro V da referida obra, ele transcreve o combate de Apolinário (séc II), Bispo de Hierápolis, contra a heresia de Montano, chamada montanista ou catafrígia. Diz o Bispo Apolinário que:

“Recentemente eu estava em Ancira da Galácia e encontrei a Igreja
local perturbada pela novidade, não da profecia, conforme eles
dizem, mas antes da pseudo-profecia, como será demonstrado. À
medida que pude, com o auxílio do Senhor, discutimos em todas as
ocasiões a respeito deles e dos argumentos que apresentavam,
durante vários dias, em comunidade. Assim, a Igreja se alegrou e
fortificou na verdade; os adversários foram na oportunidade batidos
e nossos inimigos se contristaram” ( História Eclesiástica 5,16,4)

“Diz-se haver na Mísia, nos limites da Frigia, uma aldeia chamada
Ardabu e ali, em primeiro lugar, um dos novos crentes, chamado
Montano, quando Grato era procônsul da Ásia, deu acesso ao
inimigo
, levado pela ambição imoderada de ocupar os primeiros
lugares. Como um possesso, em falso êxtase, pôs-se a falar em seus
excessos, a proferir palavras estranhas e a profetizar de forma
inteiramente oposta ao uso tradicional conservado pela
antiga tradição da Igreja


[A.L] [...] não há fundamento na doutrina perene da Igreja para se afirmar que o dom carismático de línguas seja um falar ininteligível. Provavelmente muita confusão se dá por causa de certos pontos difíceis de entender nas cartas paulinas. Por isso, devemos nos lembrar do alerta do primeiro Papa, São Pedro:

"Nelas [nas cartas de S. Paulo] há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras" (cf. 2Pd 3,16).
As línguas mencionadas em todos os textos bíblicos e no Magistério da Igreja se referem ao dom carismático de línguas como idiomas e não línguas desconhecidas ou estranhas. No Pentecostes está claro que as línguas eram idiomas variados (cf. Atos 2, 1-13, 2,7-11).

To acabando...!!! A.L continua...

1) O texto de Mc 16,17 é: "Estes milagres acompanharão os
que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas".
Aqui Nosso Senhor referindo-se a "novas línguas" usa o termo grego kainós
glossa, que significa "novo idioma" quanto ao uso e não quanto ao
conhecimento no sentido de jamais visto. Ademais, se Cristo estivesse se
referindo a línguas não conhecidas na terra, suas palavras estariam em
desacordo com o anúncio dos Profetas e do próprio testemunho de
Pentecostes.

2) Em At 2,13 o texto parece indicar também a existência da glossolalia (idioma sem sentido, ininteligível) por causa do comentário de alguns que estavam presentes. PORÉM, Em At 2,13 lemos: “Outros, porém, escarnecendo, diziam:
Estão todos embriagados de vinho doce". Este versículo aparece logo após o texto sagrado testemunhar que os apóstolos e discípulos estavam falando na língua de outros povos, de tal forma que eram entendidos por eles (vs 1-12)

3) São Paulo não diz que o dom de línguas é ininteligível aos homens, mas que "ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito" (cf. 1Cor 14,2)

4) O Apóstolo não difere o dom de línguas das orações em línguas. Na verdade a diferença que há é somente na sua aplicação,
conforme nos ensina Santo Tomás comentando 1Cor 14,13-17

5) Quando Paulo fala que deve haver intérprete, a palavra para "intérprete" aqui (1 Cor. 12,10; 14,26-27) é "diermeneutes"
(διερμηνευτής), que, no grego, refere-se à interpretação de um idioma. Ainda, S. Tomás (conforme vimos no 3) ensinou que o
falar em línguas é também o falar coisas misteriosas, logo é preciso que tal mistério também seja explicado para que traga proveito a todos.

6) Essa objeção tem origem numa especulação indevida das seguintes palavras de S. Paulo: “Ainda que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine” (1Cor 13,1). S. Tomás de Aquino comentando 1Cor 13,1-3 nos ensina:

“[...] Vejamos agora o que se entende por 'língua dos anjos', pois
sendo a língua um membro do corpo, a cujo uso pertence o dom de
língua, que às vezes se chama 'língua' - como se verá mais abaixo
(capítulo XIV) - nem uma coisa nem outra parece ter a ver com
os anjos, que não possuem membros
. Pode-se dizer então que por
'anjos' deve-se entender os homens com 'ofício de anjos', isto é,
os que anunciam as coisas divinas a outros homens
, como diz
Malaquias: 'Nos lábios do sacerdote deve estar o depósito da ciência
e de sua boca será aprendida a Lei, visto que ele é o anjo do Senhor
dos exércitos' (2,7), de maneira que, neste sentido, se diz: 'se eu
falasse as línguas de todos os homens ou a língua angélica', ou seja,
se falasse 'como aqueles que ensinam os outros, não apenas
os mestres das primeiras letras, mas também os doutores
'.
Pode-se também entender o texto: 'fazes com que teus anjos sejam
como os ventos' (Salmo 103), que os anjos incorpóreos, ainda sem
língua material, a possuem por semelhança - podemos assim dizer -
na força com que manifestam a outros o que guardam na mente (http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/es/dc2.htm#cv. Tradução por Rodrigo
Santana.)

7) São Paulo não está se referindo ao dom de línguas quando fala em gemidos inefáveis na Carta aos Romanos Se fosse verdade o Apóstolo teria abordado o tema em sua primeira carta aos coríntios, quando ensina exatamente sobre o dom
de línguas.
A palavra usada por S. Paulo que foi traduzida por “gemidos” é “stenagmos” (στεναγμός). É também usada em At 7,34: "Considerei a aflição do meu povo no Egito, ouvi os seus gemidos (στεναγμός) e desci para livrá-los. Vem, pois, agora e eu te enviarei ao Egito" O termo “stenagmos” refere-se a manifestações do coração, como sofrimento, angústia, saudade etc. Emprego do termo grego não deixa dúvidas de que o Apóstolo estava falando das manifestações do coração
humano, da linguagem própria que vem do coração.

Isso tudo sem comentar ainda:
"Se há quem fala em línguas, não falem senão dois ou três, quando muito, e cada um por sua vez, e haja alguém que interprete" (1Cor 14,27).
"Suponhamos, irmãos, que eu fosse ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitaria, se minha palavra não vos desse revelação, nem ciência, nem profecia ou doutrina?" (1Cor 14,6).
"Mas prefiro falar na assembléia cinco palavras que compreendo, para instruir também os outros, a falar dez mil palavras em línguas" (ta no meu orkut até Smile (1Cor 15,19).

Em um trecho do ANQUEREY, 1496, temos; este desejo de revelações tira a pureza da fé, desenvolve uma curiosidade perigosa que é fonte de ilusões, embaraça o espírito com vãos fantasmas, denota muitas vezes falta de humildade e submissão à vontade de Deus Nosso Senhor, que, pelas revelações públicas, nos deu tudo quanto nos é necessário para nos conduzir ao céu

Ou seja, (UFA!), não há qualquer registro seguro, confiável e explicável de onde vem a oração em línguas que eu e você fazemos sequer se ela tem realmente algum significado prático na fé. Um fato ou uma mentira contados mil vezes, vira uma verdade. Pensem nisso também.

Comprem o livro, é fantástico e tem detalhes do que coloquei aqui, e mais: com os dados de onde foi tirada a informação, nada de "achismos" culturais.

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Mensagem por Fhillipe Fhelps Ter 12 Abr - 16:36

Grande Kelsen...

foi exemplar suas referências, mas de certa forma, todos os textos falavam sobre a existência do dom das línguas, como se você quisesse provar a existência de tal.
Acho que ninguém postou anteriormente, duvidando dos dons do Espírito Santo. Eu mesmo disse que acredito, eu só não concordo com a maneira que os fiéis utilizam desse dom.
Suas leituras foram ótimas, pra aprofundar o conhecimento sobre o assunto, mas meu questionamento continua o mesmo:

Fhillipe Fhelps escreveu:Em resumo... acreditar, eu até acredito! Mas não creio totalmente quando milhões de pessoas utilizam desse dom todo tempo, parecem que elas escolhem a hora de começar e a hora de parar com a oração em línguas, e ao meu ver, não é assim que o Espírito Santo age, não somos nós que definimos isso. Parece até uma banalização de algo que é muito divino e sério!
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Mensagem por Kelsen Qui 14 Abr - 14:41

O que tentei mostrar é que:

O Dom de línguas existe, mas não como é feito na RCC, em geral, especialmente no Brasil; Concordando então com o que vc disse "parecem que elas escolhem a hora de começar e a hora de parar com a oração em línguas".

A tal da oração em línguas, também fruto da RCC, que mesmo padres utilizam na santa missa (de forma errada segundo a Igreja diga-se de passagem) é que parece não existir e ser mera influencia auto-sugestiva. Mais especificamente, quando comecei a estudar o caso eu, Kelsen, simplesmente parei de ter qualquer sensação ou experiência com a tal oração. Por exemplo é possível se cantarolar uma música, meditar em cima da letra letra, e fazer um "xálálá" em cima da melodia, ou porque vc não sabe a letra dela, ou quer simplesmente "curtir" aquela oração. Deveríamos aqui então chamar de oração em línguas de outro nome, que a meu ver deste modo funciona bem.

- Preciso deixar registrado que larguei o movimento da RCC mas não larguei de frequentá-lo. Fica parecendo que nenhum grupo de oração no Brasil presta e não é esse o caso. Sou seguidor da Canção Nova e tentando ficar no Vinho Novo por exemplo. -

Das pessoas que já conhecem a tal oração devem se lembrar como ela é aprendida. Quase sempre se está em um grupo grande com todos fazendo "xadare cantare balabatus" (só pra entender melhor), no começo vc acha que não da conta, que não vai aprender, quando vai se acostumando, praticamente começa a imitar as pessoas tão somente - uns ensinando como se fosse possível simplesmente ensinar isso - daí começa a experimentar coisas. O ponto é: esta mesma experiência pode ser encontrada na oração do Pai Nosso (vide São Francisco e suas histórias), num acorde de violão, no canto dum pássaro, no momento da consagração. O que me leva a crer que, na RCC, esta oração sem origem aparente é meramente auto-sugestiva. Fato que se conseguiria também com mera hipinose.

Precisa eu dizer que é o meu ponto de vista da coisa? Não, né? Obrigado. Wink
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Mensagem por Fabão Qui 14 Abr - 16:45

Honestamente falando, muitas vezes a "oração em línguas" parece somente um balbuciar sem sentido. Como muitos "repousos no espírito" parecem mais desmaios histéricos que êxtases.

Há muitos frutos positivos na RCC, mas também há relativismo e forte influência dos protestantes neopentecostais. Há que separar o joio do trigo.
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Mensagem por Camillot Sex 8 Jul - 16:12

Estávamos discutindo essas coisas no SeL e até citamos também a frequente situação de carismáticos simplesmente ensinando a rezar em línguas, com base na imitação do que o pregador.
De fato, para mim não faz o menor sentido, pois, se é Dom, deve ser inspirado por Deus, não pelos homens.
Como o Fabão disse, rezar em línguas deve ser realmente uma oração pessoal dirigida ao Senhor, não um simples repetir de palavras que nada expressa.

Estava lendo um pouco sobre o assunto e vi que existe diferença entre falar em línguas e rezar em línguas.
Não sabia disso!
Alguém me explica??
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Mensagem por Chocanjo Qua 13 Jul - 11:44

Olá Camillot, após um tempo pesquisando sobre o assunto acho que posso lhe ajudar. Segue o link onde o padre Fabio de Melo fala sobre isso, espero ter ajudado, permaneça com Deus forte abraço!!!!

https://youtu.be/JgoDYm3mXks
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Mensagem por RafaelSousa Qui 29 Dez - 2:55

Meu Deus... Vocês escolheram logo um dos temas mais complexos da Teologia Católica?

Então vamos lá né? Já estou cansado só de pensar no tanto que terei de escrever. rsrsrsrsrsrsrsrsrs

Para dons, carismas e qualquer outra coisa da vida ascética e mística, o ideal é estar munido do "Compêndio de Teologia Ascética e Mística" do Pe. Adolphe Tanquerey.

Este é o mais completo livro já editado de mística e ascética. Ele é muito prático. Fala detalhes da vida de oração, efeitos da oração, dos sacramentos, do pecado, história da ascética e mística nos santos, sobre o demônio, possessão, etc. É um livro excepcional. Por isso usarei esta obra para nos guiar. Todas as citações que farei virão deste livro. Posso usar ainda o Catecismo da Igreja Católica, alguma enciclopédia católica e talvez o Compêndio dos Símbolos, Definições e Declarações de Fé e Moral (mais conhecido como Denzinger). Se eu usar algum outro fora o Tanquerey, vou colocar a fonte.

Primeiro penso ser necessário diferenciar graça atual e graça habitual. Depois diferenciar dons, virtudes e, finalmente, carismas.

1. Graça Atual:

Assim como na ordem da natureza necessitamos do concurso de Deus para
passarmos da potência ao ato, assim na ordem sobrenatural não podemos
pôr em ação as nossas faculdades sem o auxílio da graça atual

Noção:
A graça atual é um auxílio sobrenatural e transitório que Deus nos dá
para nos iluminar a inteligência e fortalecer a vontade na produção dos
atos sobrenaturais.

a) Opera, diretamente sobre as nossas
faculdades espirituais, a inteligência e a vontade,não já unicamente
para elevar essas faculdades à ordem sobrenatural, senão para as pôr em movimento, e lhes fazer produzir atos sobrenaturais.

Demos um exemplo: antes da justificação, ou infusão da graça habitual, a graça atual ilumina-nos acerca da malícia e dos temerosos efeitos do pecado, para nos levar a detestá-lo.

Depois da justificação,
mostra-nos, à luz da fé, a infinita beleza de Deus e a sua
misericordiosa bondade, a fim de no-lo fazer amar de todo o coração.

b)
Mas, a par destas graças interiores, há outras que se chamam
exteriores, e que, atuando diretamente sobre os sentidos e faculdades
sensitivas, atingem indiretamente as nossas faculdades espirituais,
tanto mais que muitas vezes são acompanhadas de verdadeiros auxílios
interiores. Assim, a leitura dos Livros Santos ou duma obra cristã, a
assistência a um sermão, a audição dum trecho de música religiosa, uma
conversa boa são graças exteriores; é certo que, por si mesmas, não fortificam a vontade; mas produzem em nós impressões favoráveis, que movem a inteligência e a vontade e as inclinam para o bem sobrenatural. E
por outro lado Deus acrescentar-Ihes-á muitas vezes moções interiores,
que, iluminando a inteligência e fortificando a vontade, nos ajudarão
poderosamente a nos convertermos ou tornarmos melhores. É o que podemos
concluir daquela palavra do livro dos Atos dos Apóstolos, que nos mostra
o Espírito Santo abrindo o coração duma mulher chamada Lídia, para que
ela preste atenção à pregação de São Paulo. Enfim, Deus, que sabe que
nós nos elevamos do sensível ao espiritual, adapta-se à nossa fraqueza, e
serve-se das coisas visíveis, para nos levar à virtude.

Seu modo de ação.

a) A graça atual influi sobre nós, de modo juntamente moral e físico: moralmente,
pela persuasão e pelos atrativos, à maneira da mãe que, para ajudar o
filho a andar, suavemente o chama e atrai, prometendo-lhe uma
recompensa; fisicamente,
acrescentando forças novas às nossas faculdades demasiado fracas para
operar por si mesmas; tal a mãe que toma o filho nos braços e o ajuda
não somente com a voz, senão também como gesto, a dar alguns passos para
a frente.

b) Sob outro aspecto, a graça previne o nosso livre
consentimento ou acompanha-o na realização do ato. Assim, por exemplo,
vem-me o pensamento de fazer um ato de amor de Deus, sem que eu tenha
feito alguma para o suscitar: é uma graça preveniente, um bom pensamento que Deus me dá; se a recebo bem e me esforço por produzir esse amor, faço-o com o auxílio da graça adjuvante ou concomitante. Análoga a esta distinção é a graça operante, pela qual Deus atua em nós sem nós, e a da graça cooperante, pela qual Deus atua em nós e conosco, com a nossa livre cooperação.

Sua necessidade

O princípio geral é que a graça atual é necessária para todo o ato sobrenatural, pois que deve haver proporção entre o efeito e o seu princípio. Assim, quando se trata da conversão,
isto é, da passagem do pecado mortal ao estado de graça, temos
necessidade duma graça sobrenatural, para fazer os atos preparatórios de
fé, esperança, penitência e amor, e até mesmo para o começo da fé, para
aquele pio desejo de crer que é o seu primeiro passo. É também pela
graça atual que perseveramos no bem no decurso da vida e até à hora da morte.

É que, na verdade, para isso:

I)
é mister resistir às tentações que acometem até as almas justas e que
são tão violentas e pertinazes que as não podemos vencer sem o auxílio
de Deus. E assim Nosso Senhor recomenda a seus Apóstolos, até mesmo
depois da última Ceia, que vigiem e orem, isto é, que se apoiem não
somente nos seus próprios esforços, mas sobretudo na graça para não
sucumbirem à tentação

Além disso, porém, é necessário cumprir
todos os deveres; e o esforço enérgico, constante, que este cumprimento
requer, não se pode sem o auxílio da graça: Aquele que em nós começou a
obra da perfeição, é o único que a pode levar a bom termo «o
Deus de toda a graça, que nos chamou em Jesus Cristo à sua eterna
glória, depois de haverdes padecido um pouco, Ele mesmo nos
aperfeiçoará, fortificará e consolidará»
( IPe 5,10)

Isto é sobretudo verdade, tratando-se da perseverança final
que é um dom especial e um grande dom: morrer em estado de graça, a
despeito de todas as tentações que nos vêm assaltar no último momento ou
escapar a essas lutas por meio de morte súbita ou suave, em que a alma
adormece no Senhor, é, na expressão dos Concílios, a graça das graças,
que não se poderá nunca pedir demasiadamente, que não se pode merecer
estritamente, mas que se pode obter pela oração e fiel cooperação com a
graça, suppliciter emereri potest.

E
quem deseja não somente perseverar, senão crescer cada dia em
santidade, evitar os pecados veniais de propósito deliberado e diminuir o
número de faltas de fragilidade, não tem ainda que implorar
instantemente os favores divinos? Pretender que podemos viver muito
tempo sem cometer qualquer falta que retarde o nosso adiantamento
espiritual, é ir contra a experiência das melhores almas que exprobram
tão amargamente as próprias culpas, é contradizer a São João, que nos
declara que se iludem grandemente aqueles que se imaginam sem pecado. « S: dixerimus quoniam peccatum non habemus, ipsi nos seducimus, et verj tas non est in nobis" ; é contradizer o Concílio de Trento, que
condena aqueles que afirmam que o homem justificado pode, durante toda a
sua vida, evitar as faltas veniais sem um privilégio especial de Deus .


A graça atual é-nos, pois necessária, ainda mesmo depois
da justificação, e eis o motivo por que os nossos Livros Santos
insistem tanto sobre a necessidade da oração, pela qual se obtém essa graça da misericórdia divina. Também a podemos obter pelos nossos atos meritórios,
ou, por outros termos, pela nossa livre cooperação com a graça; é que,
na verdade, quanto mais fiéis nos mostrarmos em aproveitar as graças
atuais que nos são distribuídas tanto mais inclinado se sente Deus a nos
conceder novas mercês.

Conclusões

Devemos,
pois, ter a maior estima da vida da graça; é uma nova vida que nos une e
assemelha a Deus, com todo o organismo necessário à sua atividade. E é
uma vida muito mais perfeita que a natural. Se a vida intelectual está
muito acima da vida vegetativa e sensitiva, a vida cristã transcende infinitamente a vida simplesmente natural. E
na verdade, esta é devida ao homem, desde que Deus se resolve a
cria-lo, ao passo que a vida da graça supera todas as atividades e
merecimentos das mais perfeitas criaturas. Pois, quem poderia reclamar o
direito de ser constituído filho adotivo de Deus, e templo do Espírito
Santo, ou o privilégio de ver a Deus face a face, como Ele se vê a Si
mesmo?

Devemos, pois, estimar esta vida mais que todos os bens
criados e considerá-la como o tesouro escondido, para cuja aquisição
ninguém deve hesitar em vender tudo o que possui. Uma vez que se entrou
na posse deste tesouro, é mister sacrificar tudo, antes que expor-se a
perdê-lo. É a conclusão que tira o Papa São Leão: «Agnosce, o christiane, dignitatem tuam, et, divinae connatura e, noli in veterem vilitatem degeneri conversatione redire"

Ninguém
mais que o cristão se deve respeitar a si mesmo, não certamente por
causa dos próprios méritos, senão por causa desta vida divina de que
participa, e por ser templo do Espírito Santo, templo sagrado cuja
beleza não é licito contaminar: «Domum tuam decet sanctitudo in longitudinem dierum»

Mais
ainda: devemos evidentemente utilizar, cultivar este organismo
sobrenatural de que somos dotados. Se aprouve à divina Bondade nos
elevar-nos a um estado superior, conceder-nos profusamente virtudes e
dons que aperfeiçoam as nossas faculdades naturais, se nos oferece a
cada instante a sua colaboração, para as fazermos render, seria
mostrar-nos bem pouco reconhecidos à sua liberalidade rejeitar esses
dons, não praticando senão atos naturalmente bons, ou não fazendo
produzir mais que frutos imperfeitos à vinha da nossa alma. Quanto mais
generoso se mostrou o doador, tanto mais ativa e fecunda deve ser a a
colaboração que de nós espera. Isto nos aparecerá mais claramente ainda,
depois de estudarmos a parte de Jesus na vida cristã. (não vou colocar esta segunda parte. Só venho até aqui que é a explicação da Graça Atual).

--------------------------------------------------------------

2. Graça Habitual:

As três divinas Pessoas, que habitam o santuário da nossa alma
comprazem-se a enriquecer de dons sobrenaturais, e comunicam-nos vida
semelhante à sua, que se chama vida da graça ou vida deiforme.

Ora,
em qualquer vida há um tríplice elemento: um princípio vital, que é,
por assim dizer, a fonte da vida; faculdades, que permitem produzir atos
vitais, enfim, que são os produtos dessas faculdades e contribuem para o
seu desenvolvimento.

Na ordem sobrenatural, o Deus, que em nós vive, produz em nossas almas esses três elementos:

A- Comunica-nos, primeiro, a graça habitual ou santificante,
que desempenha em papel de princípio vital sobrenatural: diviniza, por
assim dizer, a própria substância da nossa alma, tornando-a apta, posto
que remotamente, para a visão beatífica e para os atos que a preparam.

B- Desta graça derivam as virtudes infusas e os dons do Espírito Santo, que aperfeiçoam as nossas faculdades e nos dão o poder imediato de praticar atos deiformes, sobrenaturais e meritórios.

C- Para pôr em movimento estas faculdades, concede-nos graças atuais
que nos iluminam a inteligência, fortificam a vontade e ajudam a
praticar atos e a aumentar assim o capital de graça habitual que nos foi
concedido.

Esta vida da graça, se bem que distinta da vida
natural, não lhe é simplesmente sobreposta, senão que por completo a
penetra, transforma e diviniza. Assimila tudo quanto há de bom em nossa
natureza, educação, hábitos adquiridos, aperfeiçoa e sobrenaturaliza
todos estes elementos, orientando-os para o último fim, isto é, para a
posse de Deus, pela visão beatífica e amor que a acompanha. É esta a
esta vida sobrenatural que compete dirigir a vida natural, em virtude do princípio geral, que os seres inferiores são subordinados aos superiores. É que, na verdade, não pode durar nem se desenvolver-se, se não domina e conserva sob a sua influência os atos da inteligência, da vontade e das outras faculdades; e com isso não destrói nem diminui a natureza, antes a exalta e aperfeiçoa

Da Graça Habitual ou Santificante

Deus
Nosso Senhor, querendo, na sua infinita bondade, elevar-nos até Si, na
medida em que o permite a nossa fraca natureza, dá- nos um princípio
vital sobrenatural, deiforme: é a graça habitual, graça que se chama
criada, por oposição à graça incriada, que consiste na habitação do
Espírito Santo em nós. Esta graça torna-nos semelhantes a Deus e une-nos
a Ele duma maneira estreitíssima: «Est autem haec c catio, deo quaedam, quoad fieri potest, assimila tio unioque» .

Definição.

Define-se ordinariamente a graça habitual: uma
qualidade sobrenatural, inerente à nossa alma, que nos faz particípar,
dum modo real, formal, mas acidental, da natureza e vida divinas.


a)
É, pois, uma realidade da ordem sobrenatural, não porém Substância,
pois que substância nenhuma criada pode ser sobrenatural; é uma maneira
de ser, um estado da alma, uma qualidade inerente à substância da nossa
alma, que a transforma e eleva acima de todos os seres naturais, ainda
os mais perfeitos; qualidade permanente, de sua natureza, que fica em
nós enquanto a não expelimos da alma cometendo voluntariamente algum
pecado mortal.

«É, diz o Cardeal Mercier , apoiando-se em Bossuet, essa
qualidade espiritual que Jesus difunde em nossas almas; que penetra o
mais íntimo da nossa substância; que se imprime no mais secreto de nos
almas e se derrama (pelas virtudes) em todas as potências e faculdades
da alma; que, tomando posse dela interiormente, a torna pura e agradável
aos olhos deste divino Salvador e a faz seu santuário, seu templo, seu
tabernáculo, enfim seu lugar de delícias
».

b) Esta qualidade torna-nos, segundo a enérgica expressão de São Pedro, participantes da natureza divina, divinae consortes naturae ; faz-nos entrar, diz São Paulo, em comunicação com o Espírito Santo, comunicatio Sancti Spiritus ;
em sociedade com o Pai e o Filho, ajunta São João. É claro que não nos
faz iguais a Deus, mas unicamente seres deiformes, semelhantes a Deus;
dá-nos, não a vida divina em si mesma, que é essencialmente
incomunicável, senão uma vida semelhante à de Deus.

1) A vida
própria de Deus é ver-se a si mesmo diretamente e amar-se infinitamente.
Criatura alguma, por mais perfeita que se suponha, pode por si mesma
contemplar a essência divina «que habita uma luz inacessível, lucem inhabitat inacessibilem»
. Mas Deus, por um privilégio inteiramente gratuito, chama o homem a
contemplar esta divina essência no céu; e, como este por si mesmo é
disso incapaz, Deus eleva, dilata, fortifica a inteligência pelo lume da
glória.

Então, diz-no-lo São João, seremos Semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é em si mesmo: «Similes erimus, quoniam videbimus eum sicut esb".
Veremos, acrescenta São Paulo, não já através do espelho das criaturas,
senão face a face, sem intermédio, sem nuvem, com uma claridade
luminosa: «Videmus nunc per speculum. in aenigmate, tunc autem facie ad faciem" .
E assim participaremos, que de modo finito, da vida própria de Deus,
pois que O conheceremos como Ele se conhece e o amaremos como Ele se ama
a si mesmo. O que os teólogos explicam, dizendo que a essência divina
virá unir-se ao mais íntimo da nossa alma, e nos servirá de espécie
impressa, para nos permitir vê-la sem intermédio algum criado, sem
imagem alguma.

2) Ora a graça habitual é já uma preparação para a visão beatífica e um como antegosto desse favor, praelibatio visionis beatificae;
é o botão que já contém flor, se bem que esta não haja de desabrochar
senão mais tarde; é, pois, do mesmo gênero que a própria visão beatífica
e participa da sua natureza.

Tentemos uma comparação, por
imperfeita que seja. Eu posso conhecer um artista de três maneiras: pelo
estudo das suas obras, - pelo retrato que dele me traça um dos seus
amigos íntimos, - enfim pelas relações diretas que tenho com ele. O
primeiro destes conhecimentos é o que temos de Deus pela vista das suas
obras, conhecimento indutivo, bem imperfeito, pois que as obras, apesar
de manifestarem a sua sabedoria e poder nada me dizem da sua vida
interior.

O segundo corresponde bastante bem ao conhecimento que
nos dá a fé: fundado no testemunho dos escritores sagrados, é sobretudo
no do Filho de Deus, creio o que a Deus apraz revelar-me, não já somente
sobre as obras e atributos, mas sobre a sua vida íntima; creio que de
toda a eternidade o Pai gera um Verbo que é seu Filho, que o Pai O ama e
é dele amado, e que deste amor recíproco procede o Espírito Santo.
Certo que eu não compreendo, não vejo sobretudo, mas creio com certeza
inabalável, e esta fé faz-me participar por modo velado e obscuro, mas
real, de conhecimento que Deus tem de si mesmo.

Só mais tarde,
pela visão beatífca, é que se realizará o terceiro modo de conhecimento;
vê-se, porém, sem dificuldade que o segundo é, em substância da mesma
natureza que este último, e sem dúvida muito superior ao conhecimento
racional

c) Esta participação da vida divina é, não simplesmente
virtual senão formal. Uma participação virtual não nos faz possuir uma
qualidade senão de maneira diversa daquela que se encontra na causa
principal, assim, a razão é uma participação virtual da inteligência
divina, porque nos faz conhecer a verdade, mas de modo bem diferente do
conhecimento que dela tem Deus. Não assim a visão beatífica, e, guardada
toda a proporção, a fé: estas fazem-nos conhecer a Deus como Ele se
conhece a si mesmo, não sem dúvida no mesmo grau, mas da mesma maneira.

d)
Esta participação não é substancial, senão acidental. Assim se
distingue da geração do Verbo, que recebe toda a substância do Pai, bem
como da união hipostática, que é uma união substancial da natureza
humana e da natureza divina na única Pessoa do Verbo: nós, efetivamente,
conservamos a nossa personalidade, e a nossa únião com Deus não é
substancial.

É esta a doutrina de Santo Tomás :
«Sendo a graça muito superior à natureza humana, não pode ser nem uma
substância, nem a forma substancial da alma, não pode ser senão a sua
forma acidental».
E, para explicar o seu pensamento, acrescenta
que o que está substancialmente em Deus nos é dado acidentalmente e nos
faz participar da sua divina bondade: «Id eniIL quod substantialiter est in Deo, acidentaliter fit in anima participante divinam bonita tem, ut de scientia patet».

Com
estas restrições, evita-se o cair no panteísmo, e forma-se, não
obstante, uma idéia altíssima da graça que nos aparece com uma divina
semelhança impressa por Deus em nossa alma: «faciamus hominem ac imaginem et similitudinem nostram»

Para nos fazerem compreender esta divina semelhança, empregam os santos Padres diversas comparações:

1
- A nossa alma, dizem, é uma imagem viva da Santíssima Trindade uma
espécie de retrato em miniatura, pois que o próprio Espírito se vem
imprimir em nós, como um sinete sobre cera branda, e a sua divina
semelhança. Daqui concluem que a alma em estado de graça é duma beleza
arrebatadora, pois que o artista, que nela pinta esta imagem, é
infinitamente perfeito, visto ser o próprio Deus: "Pictus es ergo, o homo, et pictus es a Domino Deo tuo. Bonum habes artificem et pictorem»
E daqui inferem com razão que, longe de destruirmos ou mancharmos esta
imagem, a devemos tornar cada dia mais semelhante ao original. Ou então
comparam ainda a nossa alma a esses corpos transparentes que, recebendo a
luz do sol, são como penetrados por ele e adquir em um brilho
incomparável que em seguida difundem a nossa alma, semelhante a um globo
de cristal iluminado pelo sol, recebe a luz divina, resplandece com
vivíssimo clarão e o reflete os objetos que a rodeiam.

Para
mostrarem que esta semelhança não fica à superfície, se não que penetra
até o mais íntimo da nossa alma, recorrem à comparação do fogo. Assim
como, dizem eles, uma barra de ferro, metida em água ardente, adquire
bem depressa o brilho, o calor e maleabilidade do fogo, assim a nossa
alma, mergulhada na fornalha do amor divino, ali se desembaraça das
escórias, tornando-se brilhante, ardente e dócil às divinas inspirações.

Um
autor contemporâneo, querendo exprimir a idéia de que a graça é uma
vida nova, compara-a a um enxerto divino, inserido na árvore silvestre
da nossa natureza, o qual se combina com a nossa alma para nela
constituir um princípio vital novo, e, por isso mesmo, uma vida muito
superior. Mas, assim como o enxerto não confere à árvore selvagem toda a
vida da espécie a quem o foram buscar, senão tão somente uma ou outra
das suas propriedades vitais, assim a graça santificante não nos dá toda
a natureza de Deus, alguma coisa da sua vida, que constitui para nós
uma vida nova; participamos, pois, da vida divina, mas não a possuímos
na sua plenitude. Esta divina semelhança prepara evidentemente a nossa
alma para uma união íntima com a adorável Trindade que nela habita.

--------------------------------------------------

Cito ainda a Enciclopédia Católica Popular que diz:

Graças actuais. São intervenções di­vinas
atribuídas especialmente ao Es­pírito Santo, de iluminação da mente ou
de moção da vontade, que permitem en­trar ou avançar nos caminhos da
san­tidade. São elas que levam o pecador à con­­versão e a pessoa em
*estado de graça à procura e ao exercício dos meios de *santificação.
Dizem-se “eficientes” quan­­­do, acolhidas, produzem o seu efei­to, e
“suficientes” quando, recusadas ou não aproveitadas, ficam sem efeito.

Graça santificante (Habitual).

É o princípio da vi­da sobrenatural, que nos faz: a) parti­ci­pantes da
natureza divina; b) filhos adop­tivos de Deus; c) irmãos de Jesus Cristo e com
Ele herdeiros da bem-aventurança eter­na; d) justos e agradáveis a
Deus; e) capazes de merecer sobrenaturalmente; f) capazes de penetrar na
intimidade do próprio Deus; g) templos do Espírito Santo.

A gra­­ça
santificante é como que a estrutura da vida sobrenatural. Com ela nos
são concedidas as capacidades de ope­rar sobrenaturalmente, a saber: as
*vir­tu­des infusas ou sobrenaturais e os *dons do Espírito Santo. O seu
exer­cí­cio, im­pulsionado pelas graças ­actuais, faz par­te dos
principais meios de *santi­fica­ção. O progresso neste exercício leva
aos *fru­tos do Espírito Santo e às *bem-aventuranças. A graça santificante per­de-se
pelo *pe­cado mortal, mas não pelos *pe­cados veniais e *imperfei­ções.


4. Es­tado de graça.
Assim se cha­ma o estado da pessoa que, pela graça santificante, vive na amizade de Deus e, se nela morrer, vai para o Céu.


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Nossa... Só a distinção de graça já ficou imenso... Agora será mais fácil acho...

Só vou usar o Tanquerey na parte de carismas. Apesar de ser o melhor guia espiritual já feito, é muito longo, tornando a leitura mais difícil neste fórum... Então vamos lá. Vamos diferenciar Dons do Espírito Santo, Virtudes e, finalmente, os Carismas.

Dons do Espírito Santo

Assim no diz o Catecismo da Igreja Católica:

1830. A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos impulsos do Espírito Santo.

1831. Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Pertencem em plenitude a Cristo, filho de David (84). Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam os fiéis dóceis, na obediência pronta, às inspirações divinas.

«Que o vosso espírito de bondade me conduza pelo caminho recto» (Sl 143, 10). «Todos aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus [...]; se somos filhos, também somos herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo» (Rm 8, 14.17).

A Enciclopédia Católica Popular diz:

"1. Natureza. São capacidades infundidas pelo
Es­pí­ri­to Santo (E. S.) na inteligência e na vontade que dispõem a
alma a actuar segundo as inspirações e moções divi­nas. Por eles, o
cristão actua, não de ma­neira humana (de forma laboriosa, segundo
cri­térios da razão iluminada pela fé, como é próprio das *virtudes),
mas de modo divino, como que por ins­tinto espiritual despertado pelo E.
S. Nas fases mais adiantadas da santificação pessoal, a actuação dos
dons predomina sobre a das virtudes, pelo que o avanço é mais fácil e
rápido. Mas para isso, enorme trabalho de purificação e de
sensibilização à acção de Deus terá sido neces­sá­rio. Embora os d.s do
E.S. sejam em número indefinido, a catequese tradicional, baseada em Is
11,2, conta sete: sabedoria (ou sapiência), en­tendimento (ou
inteligência), conse­lho, força (ou for­taleza), ciência, pie­da­de e
temor de Deus (cf. Cat. 1831)."

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Sobre as virtudes

O Catecismo da Igreja Católica diz:
1803. «Tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa
reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no
pensamento» (Fl 4, Cool.

A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem. Permite à
pessoa não somente praticar actos bons, mas dar o melhor de si mesma. A pessoa
virtuosa tende para o bem com todas as suas forças sensíveis e espirituais;
procura o bem e opta por ele em actos concretos.
«O fim duma vida virtuosa consiste em tornar-se semelhante a Deus» (61).
A Enciclopédia Católica Popular diz:
"Com a raiz lat. “vir” (= força), virtude é, na linguagem cristã, a força ou o esforço tendente à prática do bem. 1. Virtudes naturais.
São hábitos ad­qui­ridos pela repetição de actos bons, que levam a
pensar e agir correctamente à luz da razão natural. Na sua aquisição e
progresso contam a índole bondosa e voluntariosa da pessoa, bem como a
*edu­cação recebida em família, na escola, nos ambientes de vida e no
contexto cultural. Opõem-se às virtudes os *vícios correspondentes,
resultantes das deficiências da educação e da fraqueza da vontade
pessoal. 2. Virtudes sobrenaturais. Também ditas infusas, para
se distin­gui­rem das adquiridas ou naturais, são capacidades infundidas
na al­ma com a *graça santificante, que per­mi­tem fazer actos de valor
sobrenatural que agradam a Deus, santificam e conduzem ao fim último.
No seu exercício são impulsionadas pelas *graças actuais e beneficiam do
apoio das correspondentes virtudes naturais. Classificam-se em: a)
Virtudes teologais. Assim cha­madas porque ordenadas directa e
imediatamente para Deus como fim último. Têm Deus como origem, motivo e
objecto e enformam as virtudes morais (Cat. 1840-1841). São três: *fé,
*es­­perança e *caridade; b) Virtudes mo­rais. Visam os meios
conducentes ao fim último sobrenatural. São em núme­ro de várias
dezenas, tantas quantos os actos de bondade que seja possível
es­pe­cificar. Polarizam-se em torno das quatro virtudes cardeais, de
acordo com a afinidade dominante que com cada uma delas tiver. No
entanto, cada virtude moral tem sempre algo do que tipi­fica as virtudes
cardeais: o discernimento da *prudência, a rectidão da *justiça, a
firmeza da *fortaleza e a mo­deração da *temperança. V., no lugar
pró­prio, cada uma das três virtudes teo­logais e das quatro virtudes
cardeais com as respectivas virtudes morais mais importantes."
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Sobre a diferença de Dons e Virtude
Aqui usarei o Compêndio de Teologia Ascética e Mística.
A diferença fundamental não vem do objeto material ou do campo de ação, que na realidade é o mesmo, senão da sua maneira diferente de operar em nossa alma.
Deus, diz Santo Tomás, pode operar em nós de duas maneiras:
a) acomodando-se ao modo humano de operar das nossas faculdades: é o que faz nas virtudes; então ajuda-nos a refletir, a procurar os melhores meios, para chegarmos ao nosso fim. Para sobrenaturalizar estas operações, dá-nos graças atuais, mas deixa-nos tomar a iniciativa, segundo as regras da prudência ou da razão iluminada pela fé: somos nós, pois, que operamos, sob o impulso da graça.
b) Mas Deus opera, por meio de dons, de forma superior ao modo humano de operar: toma Ele próprio a iniciativa; antes de havermos tido tempo de refletir e consultar as regras da prudência, envia-nos instintos divinos, iluminações e inspirações, que operam em nós, sem deliberação da nossa parte, mas não o nosso consentimento. Esta graça que solicita suavemente, e eficazmente obtém o nosso consentimento, pode ser chamada graça operante; por ela somos mais passivos que ativos, e a nossa atividade consiste sobretudo em consentir livremente na operação de Deus, em nos deixar conduzir pelo Espírito Santo, em seguir prontra e generosamente as suas inspirações.


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Finalmente, Carismas
Aqui não tem como não usar Tanquerey. Então vamos seguir com os "Fenômenos Místicos Extraordinários".
Fenômenos Místicos Extraordinários
Ao descrevermos a contemplação, deixamos de parte os fenômenos extraordinários que, sobretudo a partir da união estática, frequentemente a acompanham: visões, revelações, etc. E, como o demônio macaqueia as obras divinas, há por vezes também, nos místicos verdadeiros ou falsos, fenômenos diabólicos. Falaremos, pois, sucessicamente dos fenômenos divinos e dos fenômenos diabólicos.
Distinguem-se duas espécies de fenômenos deste gênero: os de ordem intelectual e os de ordem psico-fisiológica.
I. Fenômenos divinos intelectuais
Reduzem-se estes fenômenos a dois principais: as revelações privadas e as graças gratuitamente dadas.
(...)

II. As graças gratuitamente dadas
As revelações, de que acabamos de falar, são dadas sobretudo para utilidade pessoal; as graças gratuitamente dadas são-no principalmente para utilidade dos outros. São, efetivamente, dons gratuitos, extraordinários e transitórios, conferidos diretamente para o bem dos outros, posto que podem indiretamente servir também para santificação pessoal. São Paulo menciona-os com o nome de carismas; na Epístola aos Conríntios, distingue nove, que provêm todos do mesmo Espírito:
1) A palavra de sabedoria, sermo sapientiae, que nos ajuda a tirar das verdades de fé, consideradas como princípios, conclusões que enriquecem o dogma
2) A palavra de ciência, sermo scientiae, que nos faz utilizar as ciências humanas para explicar as verdades da fé.
3) O dom da fé, não a virtude em si mesma, mas uma certeza especial que é capaz de originar prodígios.
4) O dom das curas, gratia sanitatum, que não é senão o poder de curar os doentes.
5) O poder de operar milagres para confirmar assim a revelação divina.
6) O dom da profecia, ou o dom de ensinar em nome de Deus, e, se preciso for, de confirmar o ensino com profecias.
7) O discernimento dos espíritos, ou o dom infuso de ler os segredos dos corações e de discernir o bom espírito do mau.
Cool O dom das línguas, que, em São Paulo, é o dom de orar em língua estranha com certo sentimento de exaltação; segundo os teólogos, é o dom de falar várias línguas.
9) O dom de interpretação, ou a faculdade de interpretar as palavras estranhas a que acabamos de nos refirir.


Segundo a observação justíssima de S. Paulo e Santo Tomás, todos estes carismas são muito inferiores à caridade e à graça santificante.


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Assim, a graça habitual (santificante) recebemos no batismo:
"1266. A Santíssima Trindade confere ao baptizado a graça santificante, a graça da justificação, que
– o torna capaz de crer em Deus, esperar n'Ele e O amar, pelas virtudes teologais;
– lhe dá o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo e pelos
dons do Espírito Santo;
– lhe permite crescer no bem, pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem a sua raiz no santo
Baptismo". (Catecismo da Igreja Católica)



Logo, dons e as virtudes teologais estão intimamente ligadas à graça santificante. Veja então a gravidade do pecado mortal:

"1861. O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis. No entanto, embora nos seja possível julgar se um acto é, em si, uma falta grave, devemos confiar o juízo sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus." (Catecismo da Igreja Católica).


Porém, ao contrário dos dons e virtudes teologais, não é necessário estar em estado de graça para se receber os carismas. Mas penso que uma vida em santidade facilite receber estas graças.


Então vamos fazer um apanhado geral.

Conclusões

1. A graça atual são intervenções divinas atribuídas especialmente ao Espírito Santo, de iluminação da mente ou de moção da vontade, que permitem en­trar ou avançar nos caminhos da santidade. São elas que levam o pecador à conversão e a pessoa em estado de graça à procura e ao exercício dos meios de santificação.

2. Graça Habitual (ou santificante) é o princípio da vida sobrenatural, que nos faz: a) participantes da natureza divina; b) filhos adotivos de Deus; c) irmãos de Jesus Cristo e com Ele herdeiros da bem-aventurança eterna; d) justos e agradáveis a Deus; e) capazes de merecer sobrenaturalmente; f) capazes de penetrar na intimidade do próprio Deus; g) templos do Espírito Santo. A graça santificante é como que a estrutura da vida sobrenatural. Com ela nos são concedidas as capacidades de operar sobrenaturalmente, a saber: as virtudes infusas ou sobrenaturais e os dons do Espírito Santo. O seu exercício, impulsionado pelas graças atuais, faz parte dos principais meios de santificação. O progresso neste exercício leva aos frutos do Espírito Santo e às bem-aventuranças. A graça santificante perde-se pelo pecado mortal, mas não pelos pecados veniais e imperfeições.

3. Dons do Espírito são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos impulsos do Espírito Santo. São o dom de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.

4. As virtudes são, então, como que uma força habitual, que
não desaparece com facilidade, que nos leva a viver retamente, praticando o bem
e evitando o mal. Dividem-se em virtudes teologais e cardeais. As teologais
são Fé, Esperança e a Caridade. As cardeais são Prudência, Justiça, Força e Temperança.

5. Os dons e virtudes são diferentes um do outro.

6. O pecado mortal leva de nós os dons e virtudes.

7. Os carismas são graças especiais dadas por Deus a nós gratuitamente. Não é necessário santidade para recebê-la. Estes são nove: Palavra de sabedoria; palavra de ciência; dom da fé; dom das curas; operar milagres; dom da profecia; dom de línguas e dom da interpretação de línguas.

8. Os carismas são dons extraordinários e transitórios. Ou seja, se você tem algum, você não pode garantir ou ter certeza de forma nenhuma que amanhã continuará tendo. E é algo extraordinário. Ou seja, não é algo comum de se ver. Na verdade, se buscar a vida dos santos, verá que são poucos os que receberam algum!!!

Bem pessoal, acho que o post ficou imenso e provavelmente ninguém vai ler todo! rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Abraços a todos
Pax Christi
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Mensagem por Kelsen Sex 6 Jan - 17:51

Precisei voltar, pelo bem da Igreja. Pra variar só um pouquinho já escutei muita gente acabando com os méritos da RCC por conta do que eu escrevi. O tópico é unicamente sobre os dons carismáticos e não sobre a RCC. Passei perto de 8 anos nela e ainda me considero dela. Como muita coisa na Igreja, o que se faz com os dons que recebem é que é ooooooooooutra coisa. Que fique claro isso. Como Fabão disse, tem que se separar sim o Joio do Trigo.
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Mensagem por GO RAINHA DA PAZ NB DF Seg 19 Mar - 12:12

AS DÚVIDAS GERAMENTE...SÃO GERADAS POR FALTA DE FÉ E CONHECIMENTO.......E A RAZÃO E A FÉ.
QUANDO NOS ENTREGAMOS A AO ESPIRITO SANTO...TODOS DÚVIDAS VÃO SE TORNANDO CLARAS....DEUS NÃO SE
EXPLICA.....VIVE-SE...UMA ANJO DISSE A SANTO AGOSTINHO; É MAS FACIO O MAR CABER EM PEQUENO BURACO..DO QUE VC ENTENDER OS MISTÉRIO DE DEUS OU DA SANTISSÍMA TRINDADE.......

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Mensagem por Geise Karem Dom 20 maio - 20:16

Bom, eu acabei de chegar por aqui e não quero nunca ofender ninguém. Assim como muitos por aqui eu também tenho minhas dúvidas com relação aos Dons Carismáticos, pois eles são diferentes dos Dons do Espírito Santo que conhecemos na Catequese. Concordo com o que alguns colegas disseram. Não duvido, por exemplo, que exista o Dom da Oração em Línguas, porém o que não compreendo é o fato de várias pessoas fazerem isso ao mesmo tempo. Já participei de encontros da RCC e achei tudo maravilhoso. Os momentos de pregação, músicas e de adoração são muito calorosos e agradáveis. O que me deixa um pouco desambientada é essa questão da oração em línguas. Não consigo acreditar que numa multidão com centenas de jovens todos tenham esse dom e que isso chegue para todos no mesmo momento. O que parece (que me perdoem, pois não quero ofender ninguém. Isso é apenas um ponto de vista) é que um age influenciado pelo que o outro está fazendo e não porque está realmente sendo tocado pelo Espírito Santo.
E discordo de certa forma com o que foi colocado por GO RAINHA DA PAZ NB DF onde fala que "AS DÚVIDAS GERAMENTE...SÃO GERADAS POR FALTA DE FÉ E CONHECIMENTO.......E A RAZÃO E A FÉ". Eu admito que me falta conhecimento e tenho realmente muitas dúvidas, mas fé não falta. Eu acredito, só gostaria que me esclarecem as dúvidas.

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Mensagem por Fabão Qui 23 Ago - 11:39

GO RAINHA DA PAZ NB DF escreveu:AS DÚVIDAS GERAMENTE...SÃO GERADAS POR FALTA DE FÉ E CONHECIMENTO.......E A RAZÃO E A FÉ.
QUANDO NOS ENTREGAMOS A AO ESPIRITO SANTO...TODOS DÚVIDAS VÃO SE TORNANDO CLARAS....DEUS NÃO SE
EXPLICA.....VIVE-SE...UMA ANJO DISSE A SANTO AGOSTINHO; É MAS FACIO O MAR CABER EM PEQUENO BURACO..DO QUE VC ENTENDER OS MISTÉRIO DE DEUS OU DA SANTISSÍMA TRINDADE.......

Bom, é justamente a Razão que me faz questionar e buscar a verdade, e Santo Agostinho reconheceu isso lindamente. Se for para "se entregar ao Espírito" sem a Razão, as dúvidas não se tornam nada claras, antes escurecem e parecem sumir, embora continuem adormecidas e incomodando.

Esse discurso de "é o Espírito que guia" justificou Lutero a fazer uma bagunça danada e eu não vou cair nessa 500 anos depois dele.

Posso parecer rabugento, mas essa atitude de "o mundo é bonito e cor de rosa se vivemos com o Espírito Santo" de algumas pessoas da RCC não tem nada a ver com o discurso de Jesus.

Certamente há verdades que a Razão não alcança, mas não podemos simplesmente excluir a Razão da conversa, senão viramos todos neopentecostais. #prontofalei
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Mensagem por RafaelSousa Qua 10 Out - 9:54

A razão NÃO SE CONTRAPÕE à fé! Leiam "Fides et Ratio" (Fé e razão) de João Paulo II . Leiam a Suma Teológica ou a Summa contra os gentis de São Tomás de Aquino!

A razão é uma graça dada por Deus para ser usada!
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